Especialista em psicologia do luto indica que compartilhar a dor é importante para amenizá-la
Na próxima terça-feira, 2 de novembro, é comemorado o Dia de Finados no Brasil, celebrado como Dia da Lembrança no Morada da Paz. Como a data está próxima e muitos cidadãos estão se preparando para visitar os jazigos dos entes queridos que já partiram, torna-se comum, nesta época, tratar de perdas, mortes e luto, assuntos em que a maioria das pessoas evitam falar. A chegada desta data pode aumentar a dor e a tristeza para muitas pessoas. Principalmente para quem perdeu um ente querido, do início da pandemia para cá e não foi possível se despedir como gostaria.
De acordo com a psicóloga do luto do Morada da Paz, Simône Lira, o Dia de Finados em nossa cultura é instituído como um dia para homenagear aqueles que se foram, realizando cerimônias religiosas, visitando os jazigos e os enfeitando com flores. “Muitas famílias costumam ir juntas aos cemitérios para relembrar as memórias de seus entes queridos e dar suporte uns aos outros. Também há aqueles que preferem um momento particular para essa visita”, afirma.
Diante do atual contexto de pandemia, possivelmente viveremos mais um Dia da Lembrança atípico em que precisamos obedecer às regras sanitárias, como uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e evitar aglomerações. “Desta forma, muitas famílias pensam em optar pelas cerimônias religiosas on-line e ritualizações e encontros familiares de forma virtual, garantindo assim uma maior segurança às pessoas que se incluem no grupo de risco”, pontua Simône.
Simône Lira ressalta que o luto é um processo individual e suas reações ocorrem de forma singular. “Validar e permitir a expressão dos sentimentos é de grande importância para os enlutados. Alguns podem atribuir outros significados a essa vivência e até utilizar esse espaço para se confraternizar com a família lembrando de vivências importantes que tiveram com o ente querido como forma de ressignificar essa dor”, fala.
Os amigos e familiares do enlutado exercem um papel fundamental nessa rede de suporte. “O estar junto, ouvindo cuidadosamente e respeitando os desejos de quem está enlutado pela perda do ente querido pode ser restaurador nesse momento em que poder compartilhar a dor é importante para amenizá-la, na medida do possível”, indica a psicóloga do luto. Conheça o guia “Quem fica também precisa ser lembrado”.
Lembranças e homenagens – Quando uma pessoa encerra seu ciclo de vida hoje em dia, em muitos casos, familiares e amigos demonstram sua saudade nas redes sociais. São fotos, textos e pensamentos partilhados como forma de expressão da dor que se sente por ocasião da perda do ente querido. Entendendo a importância dessas homenagens, a Funerária, Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, conta com a plataforma online Morada da Memória que, como o próprio nome adianta, é um memorial destinado a essas lembranças.
A iniciativa também facilita a realização de homenagens, como explica Vivianne Guimarães, diretora de Negócios e Clientes do Grupo Morada. “Um dos nossos objetivos com o projeto é essa questão da preservação da memória. A plataforma reúne fotos, vídeos e homenagens feitas por quem amava aquela pessoa em um mesmo local. Unimos o obituário e esse memorial em prol da preservação da memória”, pontua.
Os perfis são de pessoas sepultadas ou cremadas no Morada da Paz e é administrado por um responsável – membro da família ou amigo. Entre as funções, é possível acender a vela virtual, deixar suas preces, além de postagens das lembranças. O espaço online é ativado automaticamente durante o atendimento funerário. O declarante recebe um e-mail de apresentação da plataforma e instruções de acesso para completar o perfil de seu ente.
A plataforma Morada da Memória pode ser acessada por meio do site www.moradadamemoria.com.br. Os clientes do Morada Paz podem acessar o endereço eletrônico e ativar o perfil dos entes sepultados nas unidades da marca.